O menino que sempre foi empolgado e entusiasmado em poder jogar bola chegou na fase adulta e descobriu que este sonho já não poderia sonhar mais. As gerações seguintes estavam distantes dos terrenos baldios que em nossa época foram transformados em verdadeiros Maracanãs. Aprendemos a limpar estes espaços e dar a “infraestrutura” suficientes para ganhar o “alvará” de jogo.

Alguns anos depois, os meninos que vieram para este mundo nem conseguiram aprender essa lição da solidariedade para construir um desses “estádios”. Muito menos conseguiram driblar os cepos e cascalhos pontiagudos que ficavam no chão para provar o nosso heroísmo em defesa de uma bola.

As gerações atuais precisam ficar no aguardo de promessas e migalhas de governantes e políticos para conseguir um local para brincar e aprender o que representa cidadania que o esporte pode ensinar gratuitamente. Uma corrida, um chute e muitos sorrisos pela busca de uma nova amizade. Um sonho tão simples, mas muito difícil de conseguir acordar para a realidade.

Nos quatro cantos de Joinville existem espaços para abrigar sonhos e mostrar uma nova realidade. Áreas comuns para uma pista de atletismo (o esporte mais social de todos), piscina comunitária destinada para iniciação esportiva, quadras de tênis para socializar um esporte elitista e ainda um gramado com traves para ser chamado de campo. Vila Nova, Itaum/Paranaguamirim, Pirabeiraba e Jardim Iririú/Aventureiro poderiam ser os polos destas vilas olímpicas do esporte e da cidadania que espero que a Joinville do futuro possa oportunizar para os nossos jovens realizar seus próprios sonhos.

 - - - - - - - - - - -

Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de “Glória´s do Menino Jornalista”, uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos. Aguardo seu contato para prestar mais detalhes, através do e-mail: rdbjoinville@gmail.com

​